Coloco uma música no ouvido, escuto outra no toque dos meus
dedos. As águas escorrem e disparam como sorvetes de gelo derretendo nas ruas e
eu verdadeiramente AMO sentir isso.
O mundo é um imenso mistério que vai gentilmente me
ensinando com abraços e porradas a caminhar aos pouquinhos entre suas ruas e
desejos.
Eu acordo atrasada e saio correndo de casa para sentir o
vento bater em mim. É a melhor sensação do dia, é o começo. Mas não sei se é a
melhor sensação do dia, eu sei que gosto ainda mais de assistir ao sol batendo
nas folhas verdes, o verde fica tão intenso que eu já não me sinto mais à
vontade para chama-lo de verde, chamo-o então de “cor das folhas”. Assim como
quando a gente ganha intimidade com alguém e começa a inventar apelidos para
essa pessoa. A cor das folhas parece ser meu grau máximo de intimidade com
aquele verde.
E como os verdes passam rápido... Às vezes me canso dessa
cidade e saio em busca de novas cores, eu sei que me adapto e em muitos
momentos me sinto assustada ao pensar que as mudanças passam pela minha vida
sem me deixar senti-las direito. A pior sensação que alguém como eu pode sentir
é a segurança de saber qual o caminho a percorrer. Embora eu me sinta
confortável com a solidez do chão, eu vejo muito mais vida em ares e mares. O
mundo vai me fazer de novo. Uma nova vida está chegando.
Vamos nos encontrar na vida, conversar sobre qualquer lugar
do pensamento e ver as nuvens dançando no céu em harmonia com o vento. Ou você
pode me esquecer se você quiser.
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