terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Eu sinto meus dedos passeando pelo seu rosto, o rosto com textura diferente do meu, minhas mãos nem conseguem cobri-lo por inteiro. O rosto com pontinhos, com poucos desníveis. A barba errada e bonita, a boca desenhada alta e torta, bonita, muito bonita, a cicatriz pouco profunda, feia, mas bonita. O rosto mais velho, vivo, vivido. A fala que canta diferente em mim e o olhar profundo que me diz muito ao se fechar devagarzinho. O cheiro sem perfume e o suor caindo.
Eu sinto.

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